Uma leitora do nosso blog de apoio e arquivo deixou um comentário que agradecemos e merece destaque. O Dr. Jaime Teixeira Mendes reconheceu toda a razão à leitora e prometeu agilizar mais o sítio da Candidatura na net.
A autora é professora e escreveu o seguinte:
«Estou a sentir-me um tanto ou quanto estranha e intrusa nesta imensa quantidade de projectos e intenções, lançadas e divulgadas através deste blogue e, para os quais, ninguém devolve qualquer comentário.
Vou atrever-me a comentar, ainda que, não tenha nada a ver com o assunto aqui tratado. Mas, saltou-me à vista o que o Dr Jaime T. Mendes escreve neste post e que faz todo o sentido nos dias de hoje. Acrescentaria mais; as ideias que se seguem mereciam divulgação, sobretudo a primeira frase:
"A pedagogia constatou, com espanto, que os melhores alunos não vão ser obrigatoriamente os melhores profissionais. Muitos pedagogos apontam para a introdução de novos temas durante a formação médica, como o saber ouvir e comunicar, fornecendo aos estudantes conhecimentos sobre dinâmicas de interacção social ou sobre aquisição de competência em matéria de gestão. Em suma, o ensino da medicina não pode restringir-se às ciências exactas, mas deve incluir outros conhecimentos da área das ciências humanas, como a sociologia, a economia ou o direito".
Talvez seja esta dimensão humana que falta em muitos profissionais e faz todo o sentido, a sociologia, o direito, e outras disciplinas dentro da área das humanidades, como parte integrante dessa formação académica.
Ao candidato a medicina, já lhe é exigida a melhor média para a entrada na faculdade. Logo; parte-se do princípio que este, faz parte da fina nata dos alunos do ensino secundário e sem sombra de dúvida, serão os alunos mais inteligentes do sistema de ensino. Ser-se inteligente é óptimo! É meio caminho andado para se atingirem muitos objectivos. Mas ser-se inteligente,só, não chega.
Existe uma componente humana (a formação humana) que nem sempre se consegue adquirir numa faculdade e que muitos candidatos a medicina, não conseguem cultivar por razões várias. Uma, poderá estar relacionada com a excelência da sua condição(melhores alunos, médias altas, etc)correndo-se o risco destes candidatos se tornarem pessoas "narcisistas" ou, profissionais vaidosos, arrogantes e insensíveis... Quando falo em componente humana, refiro a um espírito altruísta, à humildade,à vontade de "descer à superfície da terra" e compreender o ser humano que muitas vezes sofre no corpo e na alma, que tantas vezes precisa de ser tratado e não tem meios para o fazer. Resumindo, talvez possa "embrulhar" tudo isto numa única palavra: humanidade.
Num mundo, socialmente cada vez mais problemático,onde a quantidade de pessoas pobres aumenta de dia para dia, precisamos de médicos competentes,sem dúvida, mas também queremos médicos mais humanos e atentos.»
Sem comentários:
Enviar um comentário